sábado, março 03, 2007

A importância do "não sei" (Max Gehringer)

Se você ainda não sabe qual é a sua verdadeira vocação, imagine a seguinte cena:
Você está olhando pela janela, não há nada de especial no céu, somente algumas nuvens aqui e ali... aí chega alguém que também não tem nada para fazer e pergunta:
- Será que vai chover hoje???
Se você responder "com certeza"... a sua área é Vendas, o pessoal de Vendas é o único que sempre tem certeza de tudo.
Se a resposta for "sei lá, estou pensando em outra coisa"... então a sua área é Marketing, o pessoal de Marketing está sempre pensando no que os outros não estão pensando. Se você responder "sim há uma boa probabilidade"... você é da área de Engenharia, o pessoal da Engenharia está sempre disposto a transformar o universo em números. Se a resposta for "depende"... você nasceu para Recursos Humanos, uma área em que qualquer fato sempre estará na dependência de outros fatos. Se você responder "ah, a meteorologia diz que não"... você é da área de Contabilidade, o pessoal da Contabilidade sempre confia mais nos dados no que nos próprios olhos. Se a resposta for "sei lá, mas por via das dúvidas eu trouxe um guarda-chuvas", então seu lugar é na área Financeira que deve estar sempre bem preparada para qualquer virada de tempo.
Agora, se você responder "não sei"... há uma boa chance que você tenha uma carreira de sucesso e acabe chegando a diretoria da empresa. De cada 100 pessoas, só uma tem a coragem de responder "não sei" quando não sabe. Os outros 99 sempre acham que precisam ter uma resposta pronta, seja ela qual for, para qualquer situação.
Não sei, é sempre uma resposta que economiza o tempo de todo mundo, e predispõe os envolvidos a conseguir dados mais concretos antes de tomar uma decisão.
Parece simples, mas responder "não sei" é uma das coisas mais difíceis de se aprender na vida corporativa, por quê?
Eu sinceramente "não sei"

O Motel (Luiz Fernando Veríssimo)


Paula não se agüentou e contou para a Érika:
- Viram teu marido entrando num motel.
A Érika abriu a boca e arregalou os olhos. Ficou assim, uma estátua de espanto,durante um minuto, um minuto e meio. Depois pediu detalhes.
-Quando? Onde? Com quem?
- Ontem. No Discretíssimu's.
- Com quem? Com quem?
- Isso eu não sei.
- Mas como? Era alta? Magra? Loira? Puxava de uma perna?
- Não sei, Érika.
- Miguel me paga. Ah, me paga.
Quando o Miguel chegou em casa a Érika anunciou que iria deixá-lo e contou por quê.
- Mas que história é essa, Érika? Você sabe quem era a mulher que estava comigo no motel. Era você!
- Pois é. Maldita hora em que eu aceitei ir. - Discretíssimu's! Toda a cidade ficou sabendo. Ainda bem que não me identificaram.
- Pois então?
- Pois então que eu tenho que deixar você. Não vê? É o que todas as minhas amigas esperam que eu faça. Não sou mulher de ser enganada pelo marido e não reagir.
- Mas você não foi enganada. Quem estava comigo era você!
- Mas elas não sabem disso!
- Eu não acredito, Érika! Você vai desmanchar nosso casamento por isso?Por uma convenção?
- Vou!
Mais tarde, quando a Érika estava saindo de casa, com as malas, o Miguel a interceptou. Estava sombrio:
- Acabo de receber um telefonema - disse. - Era o Faustinho.
- O que ele queria?
-Fez mil rodeios, mas acabou me contando. Disse que, como meu amigo, tinha que contar.
- O quê?
- Você foi vista saindo do motel Discretíssimu's ontem, com um homem.
- O homem era você!
- Eu sei, mas eu não fui identificado.
- Você não disse que era você?
- O que? Para que os meus amigos pensem que eu vou a motel com a minha própria mulher?
- E então?
- Desculpe, Érika, mas...
- O quê???
- Vou ter que te dar uma surra...

(Luiz Fernando Veríssimo)

quinta-feira, março 01, 2007

deus mamon (deus dinheiro)


Ensinamento Chinês

Dinheiro:

Ele pode comprar uma casa, mas não um lar.

Ele pode comprar uma cama, mas não um sono.

Ele pode comprar um relógio, mas não o tempo.

Ele pode comprar livro, mas não o conhecimento.

Ele pode comprar um título, mas não o respeito.

Ele pode comprar um médico, mas não a saúde.

Ele podecomprar o sangue, mas não a vida.

A Pedra


A Pedra

O distraído nela tropeçou,

O bruto a usou como um projétil,

O empreendedor,usando-a ,construiu,

O camponês, cansado da vida, dela fez assento,

Para as crianças foi brinquedo,

Drummond a poetizou,

Com ela, Davi matou Golias,

O artista fez dela a mais bela escultura....

Em todos os casos, a diferença não era a pedra, mas sim a pessoa